quarta-feira, abril 01, 2009

Esboço completo do livro de Números

NÚMEROS

Título: O livro de Números tem este título porque trata do registro dos dois censos de Israel de entrar em casa.
Tema: Em Êxodo vimos Israel redimido,em Levítico vimos Israel em adoração, e agora em Números vemos Israel servindo, o serviço do Senhor não devia ser feita de uma maneira casual,razão porque o livro nos apresenta um quadro de acampamento, onde tudo é feito segundo a lei do céu; ”a ordem”. O povo é numerado conforme as tribos e famílias; a cada tribo é designado seu local no acampamento, a marcha e o acampamento são regulados com precisão militar, e no transporte do tabernáculo cada levita tem sua tarefa especial. Alem de ser um livro de serviço e ordem, Números é um livro que registra o fracasso de Israel que por não crer nas promessas de Deus, não entrou em Canaã, e conseqüentemente peregrinou no deserto por castigo, contudo foi uma falta que não frustrou os planos de Deus, porque o fim do livro deixa Israel nas fronteiras da terra prometida, onde a nova geração dos israelitas espera entrar. Desta maneira quatro palavras: “SERVIÇO, ORDEM, FALHA, E PEREGRINAÇÃO”, resumem a mensagem do livro.
Autor: Moisés.
Esfera de ação:
39 anos de jornada do povo de Israel, no deserto, desde cerca de 1490 até 1451antes de Cristo.
Conteúdo:
Faremos um esboço do livro de Números de acordo com as jornadas principais de Israel. Sugerimos que o estudante use para este estudo um mapa a fim de identificar os diferentes lugares mencionados no decurso da leitura.
No deserto de Sinai. Caps. 1-9.
Do Sinai a Cades. Caps. 10-19
De Cades a Moabe. Caps. 20-36.

2- DO SINAI A CADES. Caps. 10 -19

Inicio da marcha. Cap.10
Murmuração e concupiscência. Cap.11.
Os setentas anciões. Cap.11.
A sedição de Miriã e Arão. Cap.12
O relatório dos espias e a incredulidade de Israel. Caps. 13-14.
A rebelião de Coré. Caps16-17.
Leis cerimoniais. Caps. 18-19.
Note como se tornou contagioso o espírito de murmuração. Afetou até Miriã e Arão. Pelo fato de ser o nome de Miriã o primeiro que se menciona no versículo 1 e de ter sido ela quem recebeu o castigo,parece evidente que foi ela que iniciou a rebelião, sendo que o matrimônio com os gentios era proibido pela lei. (Gen.24:3; Deut.7:3). Miriã tinha justa razão de queixar-se, mas ela deixou de levar em consideração a graça de que pode santificar os gentios. Alguns tem visto na ação de Moisés, um significado dispensacional e profético. Rejeitado por Israel. Moisés contraiu matrimônio com sua esposa gentílica (Atos:15:14). Arão e Miriã representam os judeus que se opõem a união entre judeus e gentios.(Atos .11:1-3). A exclusão de Miriã é um tipo de rejeição temporária de Israel, e sua recepção no acampamento representa a restauração de Israel. Deut.1:9-22 demonstra que a ordem de enviar espia foi dada e resposta á exigência do povo. O plano de Deus nesta questão era que o povo confiasse nele, mas vendo a fraqueza de sua fé permitiu que fizessem o que desejassem, e isto foi uma infelicidade para esta geração de israelitas, quando receberam os relatórios dos espias ficaram inflamados de medo e ira, querendo até matar homens de Deus como Josué e Calebe, e desejaram voltar a terra do Egito causando assim a ire de Deus. O resultado disto foi que aquela geração morreu no deserto e não entrou na terra prometida.
Em 14 :22, o Senhor menciona o fato que até o presente o povo o tinha tentado dez vezes, verifiquemos os seguintes versículos, e façamos uma lista destas tentações: Ex caps. 14;15;16, 16:20; 16:27;caps. 27-32. Num.11: 12:1, cap.14
Os versículos 27 a 29 do capítulo 15,tratam dos pecados de ignorância;isto é ,pecados não cometidos no espírito de desobediência voluntária. O versículo 30 mostro o contrário ,o pecado feito de uma forma presunçosa, para os quais os sacrifícios não tem eficácia, e os versículos seguintes demonstram uma ilustração deste pecado, no caso do homem que colheu uma lenha do dia de sábado. A pena severa não foi imposta pelo mero ato de recolher uma lenha, mas pelo espírito presunçoso com que quebrou a lei. Nos versículos 37 a 41 encontramos o Senhor dando uma lei acerca das bordas nos vestidos dos israelitas com o objetivo de não esquecerem dos mandamentos que o Senhor lhes tinha dado.(Sl.78:11 Jr.2:32)

Observe no caso de Coré e seus seguidores como a murmuração que começou depois da partida do Egito transformou-se em rebelião declarada. O pecado de Coré e seu grupo consistiu em rebelião contra Moisés e Arão e intrusão no ofício sacerdotal
O capítulo 19 da um relato da preparação da água para a purificação legal. Para saber seu significado típico leia Hebreus.9:13-14. O seu principal propósito era purificar aqueles que tinham tocado em cadáveres cujo contato trazia contaminação esta lei pode ter sido decretada por causa de tantos mortos depois do julgamento de Deus contra os rebeldes, porque ela não se encontra em Levítico.
3- DE CADES A MOABE. Caps. 20 a 36.

O pecado de Moisés. Cap. 20.
A morte de Miriã e Arão. Cap. 20
A serpente de bronze.cap. 21.
O erro e a doutrina de Balaão. Caps.22-25.
O censo da nova geração. Cap. 26.
Preparação para entrar na terra. Caps.27-36
Chegamos ao fim dos trinta e oitos anos da peregrinação de Israel e voltamos a encontrá-lo em Cades Barneia, o mesmo lugar onde voltou para começar sua longa jornada pelo deserto. Esse período esta quase em branco quanto ao registro histórico, foi simplesmente um tempo de espera , até que a geração incrédula tivesse desaparecido. Agora estamos pronto para entrar na terra.
Encontramos em 20:7-13, o pecado de Moisés onde ele recebe uma ordem de Deus para falar á rocha, mas ele fere a rocha pela segunda vez, a rocha tipifica Cristo que foi ferido e morto uma vez só pelos nosso pecados
Apesar de Esaú e seu irmão Jacob terem reconciliados , os descendentes de Isaú sentiram inimizade contra Israel, como se vê no capítulo 20 esta inimizade nunca foi esquecida. Sl.137:7, Ezequiel.34:1-5, Obadias 10:14.
Temos neste período a questão da serpente de Bronze,(21:4), que tipifica o tipo da expiação de Cristo.( João.3:14;Gálatas.3:19;Rom.8:3.)
Agora chegamos a história de Balaão. Pelo fato de ter sido ele um profeta,ensina-nos que Deus alguma vezes revelou a sua vontade a indivíduos que não eram israelitas,temos o exemplo de Cornélio também. Evidente que o pecado maior de Balaão foi à cobiça.(2Ped.2:15). Poderá perguntar-se porque Deus permitiu Balaão ir com os mensageiros e logo depois se aborreceu com ele por ter ido(22:20-22). Era a perfeita vontade de Deus que Balaão recusa-se a ir, mas ao ver a intensidade de seu propósito deu-lhe permissão mas com a seguinte condição. “farás somente o que eu lhes disser”(20).

Lendo os versículos 22,32e35, deduzimos que Balaão foi com a intenção de violar esta condição. Até este ponto temos estudado o erro de Balaão.(Judas 11), que consistiu na crença que Deus era obrigado a amaldiçoar um povo tão pecaminoso quanto Israel, mas deixou de levar em consideração aquilo que poderia apagar os seus pecados que eram como uma nuvem espessa.A GRAÇA DE DEUS. No capítulo 25 encontramos a doutrina de Balão.(Apoc.2:14), que foi ensinar a Balaque que ele não podia amaldiçoar por encantamento
Opõem-se alguns á matança geral dos medianitas, como algo incompatível com o amor de Deus, mas devemos recordar que este povo era qual câncer moral no meio de um país que ameaçava a pureza de Israel. Leia em Levitico .18:24-30, o contexto, o relato da corrupção das nações que rodeavam Israel e poderá ver que a ação do Senhor em destrui-los, se fazia necessária sobre o ponto de vista natural,como a intervenção de um cirurgião em amputar um membro enfermo do corpo. As 32.000 meninas 31:18,foram preservada para serviço domestico, e não para propósitos imorais como afirmam alguns incrédulos, porque Israel era castigado severamente com morte se praticasse impureza,(v.25.Deut.25). A lei hebraica permitia o soldado israelita casar-se com uma mulher cativa mas somente sob a condição de observar a legislação existente em favor dela,destinada tornar tanto quanto possível a imoralidade.(Deut.21:10-14).
O capitulo 32 registra a escolha da terra das duas tribos e meia, o capítulo 33 registra um sumário das jornadas de Israel, o capítulo 34 registra os limites de cada tribo, e chegamos ao capítulo 35 que registra o relato da escolha das cidades dos levitas , e as seis cidades de refugio refúgio, para quem seriam, quanto tempo ficariam o refugiado nelas, e onde elas estavam situadas, o Livro termina fazendo justiça aos filhos de Gileade geração da família de José, com a lei do casamento de herdeiras. Cap.36.
O livro termina com um versículo que resume todo o Pentateuco:

São esses os mandamentos e os preceitos que o Senhor ordenou aos filhos de Israel por intermédio de Moisés nas planícies de Moabe, junto ao Jordão, na altura de Jericó. (Número.36:13)